Seu lado da cama... sempre esteve vazio E meu corpo... sempre esperando seu toque
Arrasto a minha solidão pelas arestas da realidade E entendo que è o vazio quem dorme comigo.
Sinto o frio das mãos da noite e então grito... grito com o eco de meu pensamento grito seu nome, grito sem nem ao menos o saber mas grito e chamo por você
È tão triste, tão profundamente triste viver sem teu calor sem tua afeição E se nunca te encontrar, o que farei de minha eternidade?
Ás vezes penso nisso, e choro Sinto-me tão pequena e inofensiva Sem tuas lembranças então vejo que de tudo isso, tem apenas Eu.
Queria tanto guardar em mim a sensação de cada toque não permitir que se perca nem a mínima das sensações
Guardar cada lembrança cada vez que te vi, que te olhei cada vez que meus olhos alcançaram você
Esperava realmente ser eu, dona proprietária de meus sentires para apoderar-me deles quando bem me conviesse
Desejava guardar cada som que soa de você cada gesto que te faz viver não seria preciso me esconder por trás de ilusões e de você minha eternidade fazer
Mas estou subordinada a obedecer uma exigência do meu ser Buscar entender o que não é para se entender E querer guardar o que não se guarda.
Sê meu rei. Seja a fonte que nutre meus instintos Sê meu dono, meu arrimo. Sê meu amante, meu menino Seja a força de meu intimo Sê sereno e continuo. Sê a fome da minha sede Seja prazer e jeito de doer Sê fisionomia do poder Sê meu discípulo Seja meu galante curumim Sê meu macho, meu serafim Sê meu rei, meu tutor Seja a jaula de meu pudor Sê meu homem, meu amor.