A espera
A noite inteira olhando
Para o relógio fictício da parede de sua sala,
Os pés adormeceram e o resto do corpo começara a doer.
Ela deveria ter voltado às sete horas
Do dia anterior a este que vai nascer.
Balbuciando algumas palavras,
Uma espécie de prece vazando os dentes,
Meia dúzia de rosas repousa no jarro;
o jantar esfriara
e o vinho agora esta quente.
As janelas ficaram abertas
e a porta da frente destrancada.
A mesma canção se repetiu dezenas de vezes
Além da programada,
Sendo a lua de hoje sò um risco céu
Manteve acesa a luz da escada.
O vento indiferente,
Promove um bale de cortinas esvoaçadas
e Sombras de samambaia por toda casa,
Enquanto era fuzilado por um retrato impertinente
Se acabando em gargalhadas.
Jà se passaram mais de vinte anos,
Apesar do retrato, não hà certeza de que a mulher existiu,
o homem continua esperando
Ainda da mesma cadeira olhando
Para o relógio que ninguém nunca viu.
Composta mercoledì 10 marzo 2010
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